quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Foi bonito de se viver

Para muitos o que sobrou do Reveillon foi o retorno traumático e triste depois das enchentes do sul de Santa Catarina. Meu amigo Reginaldo não. Ele desde cedo se programou para passar a virada no Uruguai, como nos últimos três ou quatro anos. Engarrafamento zero.
Embora tenhamos, Manu e eu, decidido passar o fim de ano em Floripa, sabíamos dos imprevistos das obras da 101. Não sabíamos que a tragédia seria tamanha, mas nos precavemos indo de avião.
Na poltrona ao lado o Diego, das duas doses de tequila...
Foi uma côsa de lôco esse Reveillon. 

Teve sol, caldinho, chuva, carro, vento, areia, fotos (muitas), bebedeira, tombo, perna roxa, cava, caipirinha, dança do ula-ula, vídeos, camarão, ostras, coisinhas, risadas, salmão, laranja pegando fogo, cinema 3D.

Fizemos tudo o que deu com o tempo que tínhamos e ainda assim precisamos de mais uns muitos reveillons pra mostrar tudo pro vizinho de poltrona de avião.

Mas o mais importante é que voltamos bem, começamos o ano a todo o vapor, e já estamos ouvindo planos para a Semana Santa por aí. Sempre com os anjos nos guardando.

Bring your angels along. Spread your wings, and fly!

Só não sei se vou achar minha carteira até lá.


domingo, 21 de dezembro de 2008

Celso e o Natal

Muito antes de acreditar em Papai Noel eu acreditei no Grêmio. As cores azuis de dezembro de 83 me marcaram muito mais que as do Natal, daquele ou de qualquer outro ano. Eu tinha apenas 5 anos, mas fiquei marcado por toda a vida.

Depois daquilo, entre um e outro tropeço, eu sempre soube que o Grêmio teria forças para vencer, ou se derrotado, se reerguer. Parece que a cada década o Grêmio precisa tomar um susto. Foi assim em 87, ao perder o Grenal do século, no início dos anos 90, ao cair para a segunda divisão, foi assim recentemente. Mas o Grêmio também sempre teve poder de reação, como foi em 89, com o título da primeira Copa do Brasil, em 94 e 95, Copa do Brasil e Libertadores, e o título da Série B seguida de uma campanha impressionante na Libertadores.

Eu temi pelo Grêmio em 2008. O time formado não tinha jogadores conhecidos, foi desmanchado de uma temporada para a outra, tomou duas surras em uma semana no Gauchão e Copa do Brasil, e estava prestes a começar um Campeonato Brasileiro com um time de desconhecidos. Pensei que 2009 seria na Série B.

Pois Celso Roth ensinou que nomes não fazem toda a diferença do mundo no futebol. Mostrou que um time organizado (coincidentemente como aquele time de 1995) pode valer mais que um time cheio de estrelas e altos salários. Ao longo do campeonato foi líder por mais rodadas, esteve perto de ser o campeão até a última partida, mas esbarrou na realidade da falta de jogadores. O Brasileirão castiga quem não tem elenco, é mais longo que uma maratona, e as lesões acabaram com uma campanha que poderia ser vitoriosa, mas nem por isso menos impressionante.

Estou surpreso pelo fato de Celso Roth ter ficado no Grêmio. Ele foi criticado duramente pela imprensa e pelos associados - não a torcida como um todo, o coro anti-Roth parecia vir das sociais. Estou surpreso pelo fato de ele estar no Natal Luz, e não em alguma praia do Caribe, na Europa, no Nordeste. Ele veio até aqui com um dos maiores salários do futebol brasileiro, assistir à magia do Natal com a família.


Eu acho que o assim como eu, o Celso Roth acredita no Grêmio. A diferença é que ele acredita em Papai Noel mais do que eu.
E isso é muito bom em temporada de Libertadores.

sábado, 22 de novembro de 2008

A vice-campeã

Os mais chegados sabem qual a descoberta do ano da minha vida.

Pizza de frigideira. Melhor que qualquer tele-entrega, melhor que qualquer pizza congelada, é a pizza de frigideira. Massa fininha, pode ser integral também, pra quem preferir. Com ela é possível fazer a receita que você mais gostar, em 3 minutos ela está pronta. Deliciosa. Com muito queijo, com lombo, com rúcula, tomates secos, gorgonzola, enfim.

Recentemente, em mais um dos rituais para partidas do tricolor, fui convidado pelo Regi para assistir ao embate na casa do grande chefe dele. O churrasco já tava combinado, eu não fui de furo. O grande chefe dele que decidiu transferir o churras pra sua própria residência.

Bom, não vou entrar no mérito do jogo, foi um fracasso, mas tive a descoberta vice-campeã do ano. 

Não que eu fosse estranho ao Régis, dono da casa, pelo contrário. Há quase 10 anos esporadicamente jogamos futebol juntos. Com todo respeito, não lembro de ter sido "vazado" por ele, jogador de imposição física, mas pouca técnica. Praticamente o Morales, mas com descendência européia. Mas voltando ao assunto, eu era o único do grupo que não trabalhava na Escala, agência de publicidade. Assim sendo fiquei mais no canto, devorando a boa e velha Sol mexicana e alguns petiscos - pistache e um salgadinho delicioso fantástico maravilhoso impressionante.

O que acontece é o seguinte. Esse salgadinho, uma batata assada, e não frita, era espetacular. A minha mão não saia de dentro do pratinho. Tive que alongar o tríceps depois, tamanho o vai e vem até a batata. No entanto, caro amigo, o constrangimento de detonar não só os salgadinhos, sozinho, mas também as cervejas me fez não perguntar o que era que eu estava comendo.
Passou o tempo, passou o jogo, comemos asinhas de frango muito supimpas, tomamos uma sacola de gols, enfim, e eu fui embora emburrado pela derrota - eu não havia perguntado - nem descoberto - o que havia comido.

Passado um mês entro no supermercado mais próximo à casa do Régis, e penso, ora pois, é por aqui que eles fazem as compras de casa, só pode... vamos atrás dessas gostosuras...
Entre a desordem daquele Nacional da Encol, acho, entre uma e outra gôndola, a salvação da lavoura... a vice-campeã... Elma Chips Sensações Ao Forno Sabor Queijo e Especiarias.

Meu
Deus
Que
Maravilha
Eu nunca fui muito de salgadinhos, acho Ruffles, por exemplo, um horror. Pringles é muito boa também, mas esta tal de Elma Chips Sensações Ao Forno Sabor Queijo e Especiarias é fora de série.
Acabo de detonar mais um pacote.

Preciso voltar urgente pra academia, pra dar mais fome, ehehe...

Bring your angels along. Spread your wings and fly.

Apetite. Nada como ter apetite.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Consumação pra quê?

Eu sou de um tempo em que a gente se perdia quando a consumação era de R$ 25. Sério. Era muita bebida. Com R$ 10, R$ 15 já tava bom... mas não... no Santa Mônica a consumação era R$ 25.
Calma. Dez anos atrás o Santa Mônica era muito legal. Confesso que não vou há pelo menos 6, mas dizem que o público mudou. Eu acredito. A gente bebia tanto lá que aquela galera deve estar se curando de cirroses por aí.

Com 20 anos, no início da faculdade, estávamos começando a experimentar bebidas. Nunca fui um cara de outras drogas. Álcool apenas. A maioria dos meus amigos também.

E se era pra beber, a gente bebia. De tudo. Tequila, Malibu, Cerveja, Chopp, Whisky nacional, Whisky importado (viva o Collor), Whisky "colonial" (viva o Forasteiros), Rum, Vodka, Cachaça, Conhaque, Espumante, Vinho, Absinto e todos os seus derivados e misturas.

Quanto mais diversificado - e acessível - o cardápio melhor.





Eu particularmente me tornei fã de Tequila, inclusive já estive na cidade que dá nome à bebida, no México, e Bourbon, ainda tenho vontade de ir ao Tennessee, onde é feito o Jack Daniels.

O tempo passou, a seleção natural fez com que as escolhas fossem feitas por um ou outro atrativo. Hoje bebo Mojitos, um ou outro licor, inclusive Aqwa, uma bela descoberta feita há pouco no exterior, mas não deixo de me surpreender com a criatividade das pessoas para se divertir e variar bebidas.

Ontem fui ao supermercado, onde escolhi uma caixa de água de côco para ter em casa. O tempo muda, a gente se torna mais saudável. Ao chegar mais perto da Manu com o carrinho escuto "ótima idéia meu amor! Com vodka fica excelente!"

Ainda bem que agora posso beber sem a preocupação de voltar pra casa. Meu cardápio está pra lá de variado. E sem consumação mínima.